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A BACIA

Potencialidades

A Bacia Hidrográfica do rio Rio Paranaíba vem apresentando um expressivo desenvolvimento nos últimos anos, se consolidando cada vez mais como um importante eixo logístico, conectando as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, e também como uma fronteira agrícola em franca expansão, em especial para a produção de grãos, a qual se associa uma forte agroindústria principalmente da cadeia da cana-de-açúcar. Além disso, apresenta importante trecho navegável da Hidrovia do Paraná e um expressivo parque de geração hidrelétrica, que é complementada pela atividade industrial e forte concentração populacional nos centros urbanos, que abrigam cerca de 8,5 milhões de habitantes.

 

No aspecto agroindustrial há na bacia 49 usinas sucroalcooleiras em operação, concentradas no setor oeste, especialmente nas UGHs Turvo e dos Bois e Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba. Há ainda cerca de 30 novas unidades em projeto na Bacia (UDOP, 2011), a maior parte localizada nas proximidades das usinas já instaladas. Além do uso da água em áreas irrigadas adjacentes, as usinas utilizam o recurso nos seus processos industriais.

 

A mineração foi importante no processo de ocupação a região do Paranaíba, e ainda hoje se mantém como atividade expressiva. Atualmente, há 35 substâncias minerais que são produzidas e comercializadas nos municípios da Bacia (DNPM, 2011a; 2011b). Em termos de valor arrecadado, as substâncias predominantes são fosfato (25%), apatita (18%), pirocloro (13%), calcário (9%) e nióbio (8%). Araxá detém 100% do faturamento de apatita e pirocloro, e Catalão/GO fatura 87% do comércio de nióbio. Tapira/MG fatura 92% da comercialização de fosfato, estando 8% dividido entre Lagamar/MG e Patos de Minas/MG.

 

O Estado de Minas Gerais detém os municípios de maior produção, Araxá/MG e Tapira/MG, que juntos somam cerca de 54% da comercialização mineral. Os municípios mineiros de Lagamar, Patrocínio, Patos de Minas, Uberaba e Serra do Salitre, além de Catalão/GO e Brasília/DF, também apresentam elevado faturamento mineral anual (DNPM, 2011a). Destaca-se ainda a existência da exploração de diamante em Coromandel/MG e a mineração de areia, que está localizada principalmente no Rio Paranaíba.

 

Embora seja observada nos últimos anos a tendência de avanço da cana sobre áreas de pastagens plantadas e de outras lavouras, os cultivos de soja e milho ainda são os mais representativos em extensão territorial, muitas vezes coincidindo as áreas que produzem ambas as culturas em grande escala. O feijão se destaca no extremo sudeste no município de Ibiá/MG e na porção nordeste na Bacia, nas proximidades do Distrito Federal e de Cristalina/GO. O café, por sua vez, tem menor expressão em termos de área ocupada, com produção concentrada a sudeste, ao longo da linha férrea operada pela Ferrovia Centro Atlântica S/A – importante no escoamento da produção tanto agrícola quanto do setor de mineração.

 

Todas estas características, somadas às potencialidades da Bacia em termos de clima, solos, bens minerais e biodiversidade, realçam a importância crescente da região para o País.